A ADUFPB realizou na última quinta-feira (26) uma plenária docente para discutir a proposta de calendário extraordinário na UFPB e a participação da categoria na campanha nacional Fora Bolsonaro. A atividade ocorreu por videoconferência – devido às medidas de isolamento social decorrentes da pandemia de covid-19 – e reuniu cerca de 60 professores e professoras.
Na ocasião, a plenária docente concordou com a proposta de o sindicato participar dos atos virtuais e simbólicos (com atividades de rua) que estão sendo organizados no país pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo dentro da campanha Fora Bolsonaro. Além disso, a entidade também tomará parte no ato nacional a ser realizado no dia 2 de julho pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que também inclui na pauta o Fora Bolsonaro. Além de ações virtuais, a atividade prevê atos simbólicos, como a afixação de cartazes e cruzes simbolizando as vítimas da covid-19.
Em relação ao calendário extraordinário da UFPB, o sindicato apresentou proposta de realização de uma plenária unificada dos três segmentos da comunidade universitária já no mês de julho e também de plenárias dos centros para se discutir o ensino remoto e o semestre letivo 2020.1. Na avaliação da ADUFPB, o semestre só deve ser reiniciado se as condições mínimas para o ensino e a aprendizagem forem garantidas pela universidade.
Várias intervenções e análise foram realizadas ao longo do evento. O professor Carlos, por exemplo, avaliou que a UFPB vem conduzindo o processo de aulas remotas de maneira burocrática. A professora Maria de Fátima Rodrigues lembrou que os problemas não se limitam ao ensino, mas atacam também a extensão e a pesquisa. E o professor Antônio Joaquim Feitosa destacou os docentes não podem ser obrigados a utilizar aparelhos pessoais (computadores, celulares) para realizar atividades públicas.
Para o professor Marcelo Sitcovsky, as universidades devem continuar desenvolvendo atividades relacionadas ao enfrentamento da pandemia e seus reflexos nas mais variadas áreas da vida social. “Realizar atividades que envolvem ensino, pesquisa e extensão, colocando toda nossa capacidade a serviço da sociedade. Temos condições de promover ações amplas direcionadas para comunidade interna e externa”, avaliou. Segundo ele é preciso indicar que a UFPB busque com o governo federal acessar o Fundo de Democratização das Comunicações no sentido de adquirir hardware e software para a comunidade acadêmica.
Na avaliação da professora Juliana, a formação universitária não se dá apenas pelo ensino curricular. “A pesquisa e a extensão também formam e ensinam, e muito. A UFPB deveria focar em ampliar o fomento de ações de pesquisa e extensão (que inclui ensino não curricular) da comunidade acadêmica com vistas a apoiar a sociedade no enfrentamento da pandemia de covid-19”.
Para isso, segundo ela, “é necessária uma política de fomento e suspensão de alguns pontos da resolução 52, que amplie a carga horária dedicada a essas atividades. Além disso, temos as atividades de gestão que incluem a necessidade de planejamento coletivo, envolvendo o conjunto de professores, técnicos e estudantes para pensar essas estratégias e planejar um futuro quando for possível o retorno presencial que vai precisar de novas condições de organização física e institucional”.
Fonte: Ascom ADUFPB