Alçado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ao estágio de pandemia, o novo coronavírus já contaminou mais de 130 mil pessoas no mundo e 151 no Brasil. Na Paraíba, 13 casos ainda estão em investigação, entretanto dois foram confirmados em estados vizinhos: Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A rápida progressão do vírus reforça a necessidade de aumentar os cuidados em todos os ambientes, inclusive dentro da universidade. E a ADUFPB alerta para a importância de hábitos simples, como lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão e evitar grandes aglomerações.
Outra forma de evitar o contágio é, em ambientes onde não é possível lavar as mãos, utilizar álcool em gel. Na sede da ADUFPB, os visitantes podem encontrar o produto na recepção e também nos banheiros.
Algumas recomendações são menos comuns, mas igualmente importantes, como, por exemplo, evitar apertos de mão, abraços e beijos. Como a transmissão do vírus ocorre por meio da saliva e do catarro, contatos físicos com pessoas infectadas oferecem muitos riscos.
Na China, onde a pandemia teve início, e na Europa, passou a ser comum ver pessoas andando de máscaras pelas ruas. Segundo informações da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o uso de máscara realmente pode reduzir o contágio, mas ela é mais eficiente se usada nos pacientes e não em pessoas saudáveis. Desta forma, evita-se que as partículas de saliva com vírus se espalhem, ao passo que, quando a pessoa saudável usa a máscara, as partículas ainda podem ficar nas roupas e no corpo dela e serem levadas à boca e ao nariz após a retirada da proteção.
O uso de máscara por pessoas saudáveis é obrigatório apenas no caso de profissionais da área de saúde e outras pessoas que estejam cuidando de pacientes infectados. Ou ainda para pessoas que tenham problemas de saúde associados ao aumento de risco de morte por coronavírus, como diabete, asma e pressão alta.
Comissão na UFPB
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criou comissão de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) nesta quinta-feira (12). A primeira medida do grupo foi cancelar, por tempo indeterminado, as atividades do Programa de Mobilidade Internacional (Promobi) da instituição. Para este ano, o edital previa 138 vagas de intercâmbio para 33 instituições de 11 países.
Ao todo, 123 estudantes inscritos foram afetados, pois a classificação dos candidatos e as nomeações dependem das universidades estrangeiras que, atualmente, suspenderam as aulas. Também serão canceladas as provas de proficiências (inglês, francês e espanhol) que aconteceriam nos dias 16 e 17 de março e seriam aplicadas pelo Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da UFPB.
“Esta decisão valerá até que as universidades estrangeiras retomem suas atividades, pois essa foi a orientação que recebemos delas”, explica Amanda Galvíncio, diretora da Agência UFPB de Cooperação Internacional. Segundo a gestora, as instituições do exterior estão suspendendo aulas presenciais e eventos internacionais.
De acordo com o presidente da comissão e diretor do Centro de Ciências Médicas da UFPB Eduardo Sérgio, orientações de infectologistas da Sociedade Paraibana de Infectologia, que acabaram de chegar de reunião em Brasília sobre o novo coronavírus, subsidiarão novas medidas. O grupo se encontrará na noite desta quinta (12), por volta das 20h, em João Pessoa.
Aulas estão mantidas
Por enquanto, a UFPB informa que as aulas serão mantidas e também orienta a comunidade acadêmica internacional e parceiros a evitarem, quando possível, a saída de estudantes, professores, staff administrativo e pesquisadores de seus países para participação em qualquer tipo de mobilidade acadêmica e de evento internacional, até que a situação de saúde pública mundial esteja sob controle.
Além do Eduardo Sérgio, a comissão da UFPB de prevenção ao novo coronavírus é formada por João Euclides, diretor do Centro de Ciências da Saúde; Flávia Pimenta, superintendente do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU); Moisés Lima, gerente de saúde do HU; e por Luciana Simões e Francisco Silva, infectologistas do HU.
Veja o que sabemos sobre o vírus:
O que é coronavírus?
É um vírus que pode infectar animais e seres humanos e causar doenças respiratórias que variam de resfriados comuns até a Sars (síndrome respiratória aguda grave). Seu nome vem dos picos de suas membranas que lembram uma coroa.
Como ele é transmitido?
O vírus é transmitido pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Autoridades chinesas falaram que o epicentro da epidemia era um mercado de peixes e animais vivos. Não se sabe até o momento qual animal teria passado o vírus a humanos.
Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns são febre, cansaço e tosse seca. Algumas pessoas têm dores no corpo, congestão nasal, coriza, dor de garganta ou diarreia. Uma em cada seis pessoas desenvolve dificuldade para respirar. Outras não desenvolvem sintoma nenhum, segundo a OMS.
Como prevenir a infecção pelo coronavírus? Segundo a OMS, as medidas protetoras gerais são:
– Lave frequentemente as mãos usando água e sabão ou álcool em gel 70%, especialmente após contato com pessoas doentes, lugares muito movimentados (como transporte público) e antes de se alimentar
– Mantenha pelo menos 2 metros de distância de quem estiver tossindo ou espirrando ou tenha febre
– Quando tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com as mãos (e lavá-las depois) ou com a dobra do cotovelo ou lenços descartáveis
– Evite tocar nos olhos, nariz e boca
Fonte: Ascom ADUFPB e assessoria da UFPB