Os professores da UFPB dos campi de João Pessoa e Litoral Norte (Mamanguape e Rio Tinto) vão parar as atividades e realizar ações de mobilização nesta quarta-feira, 24/8, com a seguinte bandeira de luta: em defesa da Universidade Pública, contra os cortes de verbas, contra o golpe, nenhum direito a menos, fora Temer e pela construção da greve geral.
A paralisação foi aprovada na assembleia da categoria, realizada no último dia 16.Como foi uma proposta apresentada pelos docentes presentes, e não um ponto de pauta, o tema não chegou a ser discutido nas assembleias dos campi de Areia e Bananeiras. Por esse motivo, essas duas secretarias adjuntas da ADUFPB realizarão na mesma data um dia de mobilização da categoria, sem paralisação.
Em João Pessoa, além da suspensão das aulas, serão realizadas três atividades. Pela manhã, a partir das 7h, haverá um café da manhã na entrada do prédio da Reitoria, em frente ao estacionamento.
Já às 9h30, acontecerá a primeira reunião da Comissão de Mobilização, formada durante a assembleia de professores do dia 16 visando à construção da greve geral no País. Em pauta estão os seguintes pontos: informes, preparação do Grito dos Excluídos (7 de setembro) e preparação de assembleia universitária com os três segmentos. A ADUFPB convida todas as pessoas e entidades interessadas em contribuir com a comissão para participar da reunião, que será realizada na sede do sindicato, no Centro de Vivência do campus I.
No período da tarde, a partir das 17h30, será realizado ainda um protesto em frente à entrada do CCHLA. Os docentes do Litoral Norte também vão parar as atividades e se juntar às mobilizações realizadas em João Pessoa.
Ataques aos direitos
A educação pública brasileira e os direitos trabalhistas vêm sofrendo sistemáticos ataques do Governo Federal. De acordo com o presidente da ADUFPB, Marcelo Sitcovsky, o País está atravessando um momento político e econômico extremamente regressivo. “As propostas condensadas no novo regime fiscal apresentado pelo governo Michel Temer, as medidas anunciadas e as já adotadas incidem diretamente sobre as condições de vida e trabalho de toda a população brasileira”, declarou.
Segundo ele, na avaliação do sindicato, as proposta do governo Temer pretendem abertamente reduzir as ações do Estado no âmbito social. “O exemplo mais concreto são as investidas sobre as reservas do pré-sal, com proposta de privatização definitiva da exploração dessa riqueza”, afirmou o presidente da ADUFPB.
Sitcovsky afirma que o conjunto de medidas empreendidas pelo atual governo revelam uma verdadeira “operação de desmonte” do Estado brasileiro. “Naquilo que diz respeito diretamente ao servidores públicos e às universidades, os ataques são em várias frentes. Vamos citar apenas três delas: os ataques à Previdência, à carreira docente e ao financiamento das instituições federais de ensino”.
Por esses motivos, faz-se necessário neste momento colocar em urgência a construção de mobilizações e a necessidade de acionar todos os mecanismos de resistência das diversas categorias de trabalhadores.
Professor, participe das atividades de mobilização do nosso sindicato. Vamos à luta em defesa da Universidade Pública!
Fonte: Ascom ADUFPB