Os recentes casos de violência na UFPB, a situação das obras inacabadas e em estado de deterioração nos campi e a mobilização para o Dia Nacional do Basta foram alguns dos assuntos abordados na reunião ampliada de professores que ocorreu na última quarta-feira (1º) no Centro de Vivência da campus I. Por falta de quórum, a atividade não teve caráter deliberativo de assembleia.
O presidente da ADUFPB, Cristiano Bonneau, deu início à reunião apresentando informes da Diretoria. Falou sobre a nota publicada pela seção sindical na semana passada cobrando melhorias na política de segurança da universidade. Casos recentes de violência dentro dos campi têm preocupado a comunidade universitária. A ADUFPB enviou à administração central um pedido para agendamento de reunião com a reitora para tratar do assunto.
Assista à fala do professor Cristiano:
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Dia do Basta
Em seguida, o vice-presidente da ADUFPB, Fernando Cunha, falou sobre as atividades de mobilização para o Dia Nacional do Basta – 10 de agosto, data escolhida pelas centrais sindicais para a realização de uma série de protestos e paralisações em todos os estados do país. Os eixos centrais de reivindicações são: a luta contra o desemprego, contra a terceirização e às Reformas Trabalhista e Previdenciária, contra as privatizações e pela redução no preço dos combustíveis e do gás de cozinha.
A diretora de Assuntos de Aposentadoria da ADUFPB, Terezinha Diniz, também apresentou informes a respeito do 1º Encontro Estadual de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria, realizado de 23 a 26 de julho na sede sociocultural da seção sindical. Segundo ela, o evento atingiu seu principal objetivo, que era de integração entre os professores aposentados e debate de temas políticos e sociais de interesse da categoria.
Terezinha Diniz disse que, após o evento, surgiram solicitações para que as atividades tivessem continuidade. Desta forma, algumas oficinas realizadas durante o evento serão retomadas e novas ações do gênero devem ser anunciados em breve.
Obras inacabadas
Ainda durante a reunião, o professor Ricardo Lucena falou sobre o fórum de discussão para tratar do uso da cannabis para fins terapêuticos, que ocorreu na última terça-feira (31/7), organizado pela Liga Canábica, com o apoio da ADUFPB, do Sintespb e da UFPB. O evento teve como tema “Maconha: ciência e política de drogas” e trouxe para o debate o diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e PhD em neurociências Sidarta Ribeiro.
Ricardo Lucena aproveitou a oportunidade para ler um manifesto de sua autoria sobre o problema das obras paradas e sucateadas que ocupam espaços em todos os campi da UFPB. No texto, ele denuncia que existem 61 obras licitadas na UFPB das quais 39 estão paradas só no campus I.
“A degradação se anuncia entre nós, de forma explícita, nas edificações que não foram concluídas. Como cadávares expostos à ação do tempo e sem serventia, ou quase. Tornando-se locais de depósito de restos e rota de roedores. Lamentavelmente a degradação se anuncia também nas edições que foram concluídas, mas que se deterioram num tempo muito menor do que o esperado e/ou anunciado”, relatou o professor.
Informes do 63º Conad
Para finalizar a reunião ampliada, a diretora de Divulgação e Comunicação da ADUFPB, Mariza Pinheiro, e o professor Antônio Joaquim Feitosa apresentaram aos docentes informes sobre a o 63º Conad, realizado em Fortaleza (CE), de 28 de junho a 1º de julho.
Eles destacaram temas como a agenda de lutas dos setores das Ifes, Iees e Imes, que conta com um Dia Nacional de Luta contra o assédio moral e sexual nas Universidades e um Dia Nacional de Luta contra o Racismo, em novembro, além da luta pelos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e as homenagens à funcionária do sindicato Fátima Alves da Silva e a Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro.
Fonte: Ascom ADUFPB