Professores e funcionários da UFPB aderiram na quarta-feira, 25/04, à paralisação nacional de 24h dos servidores públicos federais em protesto contra a postura do governo nas negociações da Campanha 2012. As aulas foram suspensas e, com carro de som e fazendo panfletagem, os comitês de mobilização da ADUFPB e do Sintespb percorreram o campus I para conscientizar professores, servidores e alunos que estavam na universidade.
“Foi uma paralisação intensa, que contou com a participação da maioria dos professores e dos funcionários”, declarou a presidente interina da ADUFPB, Terezinha Diniz. Os manifestantes se concentraram na entrada do CCHLA (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes), onde vários deles tomaram a palavra para falar sobre a política do governo de não apresentar propostas e adiar as discussões sobre a Campanha 2012.
A mais recente mesa de negociação dos Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais (SPF) com o Ministério do Planejamento (MP) aconteceu na terça-feira, 24/04, e foi um exemplo da postura que o governo anda adotando. A equipe do MP deixou mais de 20 entidades e três centrais sindicais esperando por duas horas e quinze minutos para dar inicio finalmente à reunião.
Quando finalmente foi dado início à reunião, Sérgio Mendonça, Secretário da SRT/MP, deu a entender que não havia sentido ficar agendando reuniões, uma vez que todos os itens da pauta já tinham sido apresentados e discutidos e nenhum avanço foi registrado. “Essencialmente, as respostas que tinham que ser dadas, já foram dadas”, disse Mendonça, de acordo com relato dos diretores do ANDES-SN presentes na reunião.
Pressionado pelos representantes dos SPF, Mendonça reafirmou que a postura do governo continuava a mesma para 2013: reajuste zero, sem discussão de política salarial e data-base. Enfatizou que o governo já vem tratando de diversos pontos nas reuniões específicas com cada categoria e assim pretende continuar fazendo.
Apesar da manifestação de Mendonça de que a mesa geral não registraria mais avanços, os dirigentes não aceitaram o esgotamento da discursão. “Não cairemos no engodo do ano passado. Essa mesa não vai ser desmontada, porque, senão, vocês estão de brincadeira com os servidores. Se for assim, o governo vai ter que assumir publicamente que vai arbitrar unilateralmente, como fez com a questão da insalubridade e periculosidade”, disse Josemilton.
Os representantes dos SPF exigiram então que o Ministério do Planejamento abra uma nova agenda para o início de maio, quando devem apresentar uma readaptação da pauta unificada dos servidores, de forma que fiquem claras as parcelas destinadas à correção inflacionária e correção das distorções.
Uma nova reunião do Fórum Nacional de Entidades dos SPF está marcada no dia 2 de maio, para avaliar a mobilização nas bases e definir a resposta dos servidores diante deste contexto.
Fonte: Ascom ADUFPB