Esse não é um “Dia dos(as) Professores(as)” qualquer. O 15 de outubro deste ano antecede duas semanas de uma eleição que tem sido descrita como “A civilização versus a barbárie”. Basta navegar pela internet e observar os comentários sobre as matérias de jornais e portais de notícias ali publicadas. Sobretudo, os comentários da área política e das eleições presidenciais.
O que foi que aconteceu conosco? Tornamo-nos um bando de cães raivosos, sanguinolentos, grosseiros. Estamos em uma guerra em curso. Uma guerra cultural de um brasileiro que não desejamos ser, em direção a um modelo de brasileiro que não sabemos para onde vai!
Definitivamente entramos na era da pós-verdade. Conseguimos avançar a passos largos no lirismo. Nossa sociedade se esfacela. Dia após dia, o que nos poderia ser sinal do desespero, de ”jogar a toalha”, é para nós, docentes, trabalho!
Essa é nossa matriz: transformar, moldar, doar, revolucionar. Nesse momento de encruzilhada, de obscuridade, é que somos a luz que doura. Como diria um bom estudante de fenomenologia hegeliana, “seremos o que é sendo”! O que para alguns seria o fim, ou sem saída, para nós é o chamamento.
Momento histórico necessário para um novo esclarecimento, uma nova educação, um novo Brasil. Com todos os seus problemas e contradições. E, como diria Jorge Amado, na pele de seu anti-herói Pedro Arcanjo, na Tenda dos Milagres, “só há riqueza na mistura”. É isso o que somos. E os professores e professoras da UFPB estão em luta e em resistência.
Feliz dia nosso!
ADUFPB – Seção Sindical do ANDES-SN
15 de outubro de 2018