Após entendimento com representantes da ADUFPB, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da UFPB (Progep) decidiu por reavaliar retirada do adicional por insalubridade de docentes dos campi de Areia e de Bananeiras. A reunião aconteceu no fim da tarde desta quarta-feira (3) e contou com a presença do presidente do sindicato, Cristiano Bonneau, de assessores jurídico e de imprensa, além de professores que se sentem prejudicados com a perda do direito.
O pró-reitor Chico Ramalho esclareceu que as medidas de corte de benefícios ocorreram depois que a Controladoria Geral da União (CGU) pediu que o pagamento do adicional por insalubridade fosse avaliado. Após esse pedido, uma comissão foi criada para visitar os ambientes de trabalho. O resultado foi a perda do adicional por vários professores.
Alguns docentes, no entanto, se sentiram prejudicados por acreditarem que deveriam continuar a receber o direito apontando, inclusive o fato de que outros colegas que exercem as mesmas funções continuaram a ter direito após a avaliação.
O professor Marcelo Ribeiro, do campus de Bananeira, disse que acompanhou a produção de laudos que verificaram a possível insalubridade da atividade dos docentes e técnicos no local e que foram feitos 20 laudos em apenas um dia e que quando veio o resultado o trazia textos genéricos que não condiziam com a complexidade da atividade nem com as subjetividades de cada atividade analisada.
Bonneau chamou atenção para o fato de que, mesmo pedindo revisão dos processos que retiraram o adicional, muitos professores continuaram tendo o direito negado. E que por considerar que esse pode ser um erro que atingiu muitos docentes, o sindicato decidiu pleitear uma revisão geral dos processos que culminaram na retirada do adicional por insalubridade.
Chico Ramalho ponderou que as análises são sempre técnicas, mas que podem haver falhas como em qualquer processo. Ele se comprometeu a formar novas comissões e reanalisar todos os processos questionados e que deve incluir representantes da ADUFPB nesse trabalho para ajudar a dirimir qualquer possível dúvida que venha a surgir.
Os próximos passos serão, segundo o pró-reitor, fazer uma reunião com os técnicos que fazem a análise dos ambientes de trabalho para sensibilizá-los a respeito da importância de verificar a subjetividade e aprofundamento de cada função; aviso à ADUFPB sobre o cronograma de ações; e convite para que o sindicato participe das verificações nos campi agrários de Areia e Bananeiras.
Fonte: Ascom ADUFPB