Seguindo orientação do Comando Nacional de Greve, os professores da UFPB aprovaram nesta terça-feira (6/10) a saída unificada da greve da categoria no próximo dia 13. A decisão foi tomada em rodada de assembleias gerais realizadas nos campi de João Pessoa, Areia e Bananeiras, com a participação total de 337 docentes.
Os professores também aprovaram a rejeição à proposta do Governo Federal, de reajuste de 10,8% divididos em dois anos, e a reapresentação, na mesa de negociação, dos termos da campanha salarial dos servidores federais e da pauta específica dos docentes.
Outro ponto analisado e aprovado em assembleia foi a proposta de sugerir ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPB (Consepe) algumas diretrizes para a reformulação do calendário acadêmico. São elas: garantir qualidade de reposição das atividades, assegurando tempo adicional para atividades de revisão; indicar aos Departamentos a não realização de avaliações imediatamente (primeira semana) após o reinício das atividades didáticas; garantir os direitos assegurados na legislação aos servidores técnico-administrativos da UFPB, e abertura de um período para trancamento de matrícula.
Também foram aprovadas na assembleia dos professores mais três propostas: enviar um delegado da ADUFPB ao Comando Nacional de Greve, em Brasília, divulgar moção de apoio à greve dos bancários e agendar nova assembleia para avaliação da greve. Não houve apuração dos votos, pois todos os termos foram aprovados por ampla maioria dos presentes e a contagem foi feita por contraste.
A greve dos professores da UFPB durou mais de quatro meses. O movimento teve início no dia 28 de maio e paralisou as atividades em todos os cinco campi da universidade. A pauta de reivindicações dos docentes integra a campanha unificada dos servidores públicos federais. Entre os principais pontos estão reajuste salarial de 27,3% pago em parcela única, data-base em 1º de maio e paridade salarial entre ativos e aposentados.
Ao longo do período da greve, o Governo ofereceu primeiramente aumento de 21,3% divididos em quatro anos e, depois, 10,8% divididos em dois anos. Depois do anúncio das medidas de ajustes fiscal, no dia 14 de setembro, o Ministério do Planejamento definiu que esse aumento não seria aplicado no mês de janeiro, mas apenas em agosto de 2016.
Fonte: Ascom ADUFPB