Com o tema “Suicídio: tabus e prevenção”, a ADUFPB realizará nesta quinta-feira, 19, uma Roda de Conversa sobre o suicídio e os fatores que levam uma pessoa a tirar a própria vida. O evento, aberto para toda a comunidade da UFPB, acontecerá na Sala de Leitura do sindicato, localizado no Centro de Vivência do campus I, a partir das 14h30.
A atividade faz parte da campanha nacional “Setembro Amarelo”, apoiada pelo sindicato dos docentes, que busca alertar à população, debater e mostrar a importância da prevenção do suicídio, uma das maiores causas de morte de jovens e adultos pelo mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no planeta. O problema é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade. Esses números correspondem a dados divulgados em setembro de 2018.
Para tratar sobre o tema, a ADUFPB convidou para esta primeira Roda de Conversa o coordenador do Centro de Valorização da Vida (CVV) da capital, Natanael Muniz; a professora Aparecida Bezerra, do curso de Fisioterapia da UFPB, e a jornalista Cláudia Carvalho, que desenvolve pesquisa no Programa de Pós-graduação em Jornalismo sobre o tema e sua relação com o noticiário impresso paraibano. O debate será mediado pela professora Francileide Rodrigues, secretária geral da ADUFPB.
Problema de saúde pública
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo e é a segunda principal causa de morte entre indivíduos com faixa etária entre 15 e 29 anos. No Brasil, o suicídio já é considerado um problema de saúde pública. Para prevenir e combater esse número alarmante de suicídio, desde 2015 foi criada a campanha do ‘Setembro Amarelo’, uma parceria entre o Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Para o presidente da ADUFPB, Cristiano Bonneau, o sindicato dos docentes da Paraíba está sempre alinhado a temas sensíveis como o suicídio e, principalmente, a precarização do trabalho docente, e esta não é a primeira vez que a entidade promove debates para discutir sobre o assunto, orientar seus filiados e dar visibilidade às formas de prevenção e proteção às pessoas que enfrentam problemas que possam desencadear o suicídio. “Já tivemos alguns casos recentes que acenderam o alerta para a nossa categoria. Por esse motivo, a ADUFPB sempre esteve de portas abertas para acolher docentes, ou seus familiares, que enfrentam o problema, buscando encaminhar para um atendimento especializado, que oriente a pessoa com depressão, transtornos mentais ou que sinta a necessidade de ser ajudada psicologicamente”, enfatizou Bonneau.
Campanha do ANDES-SN
A temática também ganhou visibilidade no ambiente universitário, com a ampliação de casos de suicídio de estudantes, técnicos e docentes. No entanto, ainda não há estudos detalhados, que mensurem nacionalmente o problema e aprofundem o debate na comunidade acadêmica.
Uma pesquisa divulgada pelo ANDES-SN e pela ADUFPA-Seção Sindical, de 2014, por exemplo, evidenciou que condições de trabalho adversas, oriundas da imposição do produtivismo acadêmico, podem levar docentes ao adoecimento mental.
“Há inúmeros casos, nos últimos anos, de suicídio entre docentes, discentes e técnicos, e por essa razão, o ANDES-SN aprovou inserir-se na Campanha do setembro amarelo, por entender, que é imprescindível reforçar ações preventivas ao suicídio no âmbito acadêmico”, explica Kátia Vallina, 1ª vice-presidente da Regional Norte I do ANDES-SN e da coordenação do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) do sindicato nacional. Vallina ressalta ainda que “o suicídio é um problema de saúde pública e precisa ser abordado como tal”.
Diante a importância do assunto, durante o 38º Congresso do ANDES-SN, realizado no início do ano em Belém (PA), os participantes aprovaram “inserir na agenda dos Setores das Instituições Federais (Ifes), Estaduais e Municipais (Iees/Imes) do ANDES-SN uma campanha de sensibilização e de prevenção ao suicídio nas Instituições de Ensino Superior (IES) no mês de setembro”. A deliberação foi reforçada no 64º Conad, que aconteceu em julho em Brasília (DF) que construiu uma agenda de atividades que deverão ser realizadas ainda neste mês de setembro. Dentre elas, debates que sensibilizem docentes como orientação para que sejam capazes de identificar estudantes ou trabalhadores que estão passando por sofrimento mental para saber como lidar com a situação e para onde encaminhá-los.
Fonte: ASCOM/ADUFPB, com informações do ANDES-SN