Os docentes das seções sindicais que compõem o Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes) do ANDES-SN indicaram a realização de uma greve de 48 horas nos dias 2 e 3 de outubro. A decisão teve como referência as deliberações das assembleias de base realizadas nas instituições federais de ensino nas últimas semanas e também o calendário de lutas que vem sendo construído em conjunto com as demais entidades do Setor da Educação. Os docentes do Setor das Ifes se reuniram nessa quinta-feira (12), na sede do ANDES-SN, em Brasília (DF).
Para intensificar a organização da luta, o Setor das Ifes indicou ainda a realização de assembleias comunitárias nas instituições para discutir a situação financeira das IFE e a construção de dias de mobilização com atividades das universidades, institutos federais e Cefet nas praças e outros locais públicos, para dialogar com a sociedade.
Além disso, a reunião também ressaltou a importância das seções sindicais fazerem o levantamento, até o dia 25 de setembro, dos impactos dos cortes de verbas nas instituições para a elaboração de um material especial sobre a situação das IFE. Outra movimentação importante apontada pelo Setor das Ifes é a articulação com as demais entidades da educação junto às centrais sindicais para a construção da greve e de atividades nos dias 02 e 03 de outubro.
Para fortalecer a construção da greve, foi indicado um calendário de mobilizações em conjunto com outras categorias. No dia 20, na “Greve mundial do Clima”, as entidades se unem para realizar um dia nacional de luta em defesa da Amazônia, da Ciência e Tecnologia e da Educação. Já no dia 25 de setembro, as entidades vão incorporar a data, proposta pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), como dia de mobilização em defesa da Ciência e Tecnologia Públicas.
“Nessa reunião conseguimos avançar nas deliberações no sentido de ampliar a mobilização, no sentido de cumprir uma decisão do 64º Conad que é construção de uma greve do Setor de Educação. Com essa perspectiva, nós aprovamos dois dias de greve, em 2 e 3 de outubro, juntamente com as entidades do setor da Educação”, explicou Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN.
Gonçalves destacou o papel do ANDES-SN na construção da mobilização conjunta com as demais entidades, unidade fundamental para o enfrentamento aos ataques à Educação Pública. “Esse é um avanço para que possamos acumular ainda mais forças para derrotar essas políticas neoliberais que nos atacam”, acrescentou.
Setor da Educação
As entidades representativas de docentes, técnico-administrativos e estudantes – ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe e UNE -, se reuniram na última terça-feira (10), em Brasília (DF), para avançar na construção da próxima mobilização conjunta em defesa da Educação Pública, contra os cortes orçamentários e contra o Future-se.
Foram apontados os dias 2 e 3 para a realização da greve nacional de 48 horas da Educação. O dia 3 irá coincidir com as ações em defesa das estatais e da soberania nacional, que estão sendo organizadas em vários locais do País. O setor indicou ainda, a construção de um ato pela CSP-Conlutas, no dia da abertura de seu IV Congresso – 3 de outubro- em articulação com as mobilizações nacionais.
As manifestações previstas para setembro também serão incorporadas pelas demais entidades do setor da Educação.
Calendário de lutas
20/09 – “Greve mundial do Clima” – Dia Nacional de luta em defesa da Amazônia, da Ciência e Tecnologia e da Educação;
25/09 – Dia em defesa da Ciência e Tecnologia Pública, com atividade em Brasília (DF);
02 e 03/10 – Greve Nacional da Educação de 48h;
03/10 – Dia em defesa da Soberania Nacional, da Ciência, Tecnologia e Educação