Os trabalhadores técnico-administrativos das Universidades Federais deflagraram nesta segunda-feira (11) greve por tempo indeterminado. O movimento coordenado pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-administrativos das Universidades Brasileiras (Fasubra) visa sensibilizar o governo para as reivindicações da categoria.
Por causa da mobilização e sincronia entre os sindicatos, o movimento grevista já é considerado o maior da história. “Nunca a adesão ao calendário de ações e propostas oficiais da Federação foi tão unânime. É perceptível como cada uma das entidades filiadas está engajada no processo de paralisação”, comemora a diretoria nacional da Federação.
Depois de várias tentativas de negociação com o governo, todas sem sucesso, os servidores chegaram ao limite. “Nosso caminho preferencial é sempre o da negociação, a greve é a última medida. Infelizmente o Governo Federal preferiu não negociar e não nos deu outra opção”, informou a Fasubra. As principais reivindicações dos trabalhadores são o aumento do piso salarial e a correção das pendências da carreira desde 2007.
Greve na Educação
A greve dos servidores técnico-administrativos vem a somar forças à greve por tempo indeterminado iniciada pelos professores das Instituições Federais de Ensino no dia 17 de maio. O movimento que reivindica melhores condições de trabalho e ensino no setor da educação federal também já ganhou força com a deflagração de greve por parte dos estudantes em mais de 30 universidades federais brasileiras.
A expectativa é que cresça e se consolide como uma das maiores greves do setor com a paralisação, a partir de amanhã, dos servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, base do Sinasefe.
Greve Geral do Funcionalismo Federal
Na última semana (5/6), os servidores federais realizaram uma grande marcha unificada em Brasília, que reuniu mais de 15 mil manifestantes. Após o ato, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, que concentra 31 entidades, deliberou pela greve geral do funcionalismo público, a partir desta segunda (11). Algumas categorias já suspenderam as atividades e outras sinalizam a paralisação por tempo indeterminado para os próximos dias. A expectativa é construir uma das maiores greves já realizada no serviço público federal.
“Depois de quase uma década, os servidores retomam a compreensão de que é também tarefa do funcionalismo público lutar em defesa da qualidade do serviço público oferecido à população. A unidade que vem sendo construída, e que ficou expressa hoje, aponta para a perspectiva de construirmos uma greve inédita dos servidores federais”, disse Paulo Barela, coordenador da CSP-Conlutas, Central Sindical e Popular que também compõe o Fórum.
O Fórum reúne, além dos professores e servidores da educação federal, categorias como os servidores do Executivo, representados pela Condsef e com greve prevista para o próximo dia 18, do Judiciário e Ministério Público da União (MPU), organizados na Fenajufe, que fazem paralisação amanhã e depois (13 e 14) e entram em greve no dia 21, entre outras.
*Com informações da Fasubra
Fonte: ANDES-SN