A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) manteve a liderança em depósitos de patentes no país, referente ao ano de 2019, segundo ranking divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na tarde desta segunda-feira (28).
Pelo segundo ano consecutivo, a federal paraibana foi destaque na lista da autarquia federal brasileira, criada em 1970 e vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com 100 pedidos de patentes, seis a mais do que em 2018.
Do mesmo modo, mais uma vez, o estado da Paraíba permaneceu no topo da classificação, com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no Agreste paraibano, na segunda posição, com 90 pedidos de patentes, oito a mais do que no ano anterior.
No ranking, de acordo com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) subiu do sétimo lugar, em 2018, para a terceira posição em 2019, passando de 38 para 88 depósitos, um crescimento de 132%.
Já a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) caiu da terceira para a quarta posição, seguida da Petrobras, que desceu do quarto para o quinto lugar, na comparação com o ano de 2018.
Dos 20 maiores depositantes residentes, 17 são universidades públicas, além da Petrobras (5° lugar), CNH Industrial Brasil (7°) e Robert Bosch (12°). Dentre os depositantes de patentes não residentes, a Qualcomm manteve, em 2019, a liderança, mas registrou queda de 27% no número de depósitos. Em contrapartida, a Huawei foi para o 2° lugar, com crescimento de 95%, em relação a 2018.
O INPI também disponibilizou o ranking dos demais pedidos de registros em 2019, entre eles os principais depositantes residentes e não residentes de marca, desenho industrial e programa de computador.
Para o presidente da Agência de Inovação Tecnológica (Inova) e professor do Departamento de Química da UFPB, Petrônio Athayde Filho, este resultado da UFPB é reflexo de um trabalho sério, cujo objetivo final é a inovação tecnológica das pesquisas da federal paraibana.
“Estes estudos contribuirão para o desenvolvimento local, regional e nacional, ou seja, trarão benefícios socioeconômicos e bem estar para a população e impulsionarão avanços para a ciência”, afirma o gestor de inovação da UFPB.
Petrônio Athayde Filho avalia que, devido à pandemia do novo coronavírus em 2020, muitos centros de pesquisas estão com atividades quase paradas ou totalmente paradas, o que pode provocar prejuízo imensurável para as pesquisas científicas em todo território nacional. Por outro lado, com a retomada das atividades nos laboratórios de pesquisas e programas de pós-graduação, a expectativa é de que, em 2021, tudo esteja normalizado.
Em 2018, a UFPB assumiu o topo do ranking de maiores depositantes nacionais de patentes de invenção, com 94 pedidos, seguida pela Universidade Federal de Campina Grande (82 pedidos) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (62 pedidos).
Em 2017, a liderança estava com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que, em 2018, passou para quinta colocada, com 50 pedidos de patentes. Já a Universidade de São Paulo (USP), que ocupava a quinta posição em 2017, caiu para o sexto lugar no ranking (47 pedidos). Foi em 2018 que a UFPB subiu da 4° para a 1° posição.
Acesse os rankings completos de 2019 e 2018 na página do INPI. Os portfólios das tecnologias protegidas pela UFPB estão disponíveis no site da Agência de Inovação Tecnológica (Inova) da federal paraibana. Os 100 depósitos de patentes da UFPB em 2019 serão laureados, em breve, em cerimônia da Premiação de Inovação Tecnológica Professor Delby Fernandes de Medeiros, realizada pela UFPB.
Fonte: Ascom/UFPB | Reportagem e Edição: Pedro Paz